O mundo é separado em quatro diferentes religiões. A religião do Velho chamada de religião de todos, a religião das terras do oeste que acreditam em diversas entidades criadoras e controladoras do mundo e as religiões das novas terras sendo A’hi e a Tupã.
Religião de Todos
Segundo a Religião de Todos, Iwê, é a poesia eterna. De sua poesia, compôs 7 versos. Cada um destes versos deu origem a um elemento. O primeiro foi o verso que criou seus filhos, os homens e os caris. Por não ter onde deixá-los, guardou este verso.
Ao segundo verso criou a luz que ilumina o dia e a noite. Então criou o terceiro verso que gerou Nashiga, a separação dos planos. Dizem que para cada plano um novo poema foi pronunciado por Iwê.
No quarto verso que fez surgir a terra e a água, criando assim montanhas, rios e o ar. Então deu vida com plantas, árvores e vento com o quinto verso e povoou Vera Cruz de aves, peixes e animais compondo seu sexto verso.
Compôs então o sétimo verso espalhando seu poder por toda Vera Cruz e então ornou com seu primeiro verso colocando o homem e os caris nela.
Ao terminar sua poesia, a transformou em canção, de onde surgiram os Irvirs.
Dizem que Iwê não possui forma, mas geralmente é representado por algum animal, especialmente o bem-te-vi que representa seu canto e poesia criador.
Por ser uma religião proveniente do velho mundo, geralmente é mais comum entre homens e caris.
Tupã
Como os povos do novo mundo são muito dispersos, existem diversas tradições diferentes desta religião, porém, os pontos mais comuns foram descritos abaixo.
Segunda a lenda, o grande Tupã, uma entidade anciã, era cheio e completo. Ele quis explorar seu próprio interior. Ao fazer isso, percebeu que era grandioso e por isso se transformou em um gavião para explorar sua vastidão.
Por um tempo, que aos mortais seria uma eternidade, voou e explorou cada aspecto de si e ficou maravilhado. Decidiu então criar alguém para habitá-lo. Criou então Xainã, uma entidade na forma de um beija-flor para ser a primeira habitante e sua esposa.
Xainã voou em Tupã, que ficou satisfeito e fez surgir para ela filhos a cada lugar que voava. A cada voo de Xainã, uma nova tribo de mortais era criada.
Apesar da religião de Tupã ter perdido muitos fiéis para a Religião de Todos, a maioria dos Carapias e Jaca-jês ainda mantém esta tradição.
A’hi
Diferente da maioria dos outros povos do Novo Mundo, os Dunduks acreditam que A’hi, sua versão de Tupã, se transformou em um corvo enquanto explorava a si mesmo. Este devorou Xainã após criá-la para assim ter mais poder para criar seus filhos.
Os Dunduks acreditam que ao comerem seus inimigos, eles poderão ser restaurados de força e vigor.